Mais do que uma escolha, é uma necessidade promover a sustentabilidade

Mais do que uma escolha, é uma necessidade promover a sustentabilidade

6 de setembro de 2023

Seja bem-vindo(a) caro(a) Leitor(a).
Espero que se encontre bem e claro, que usufrua desta leitura!

Quantas vezes já se disse, ou ouviu alguém dizer: “Quando X acontecer, é que as coisas vão ficar bem!”?
Pergunto-lhe isto porque, o mais comum, e o mais cômodo, é delegarmos o bem-estar para algo que ainda não aconteceu…
Imagine o seguinte cenário.
Um dia, um jovem agricultor, saiu de casa, olhou para o plantio e disse: “Quando eu tiver uma enxada decente, é que eu vou começar a ter grandes colheitas!”. Depois deste momento iluminado decidiu ir vender algumas coisas que tinha colhido para comprar a enxada. Chegou a casa, pegou na nova enxada e, literalmente, abriu caminho. Entusiasmado, e enquanto o sol estava escondido por trás do cume que se encontrava em frente à sua casa, o jovem agricultor até assobiava, parecia que até aquele dor no dedo do pé tinha desaparecido! Radiante, decidiu sentar-se para apreciar a nova enxada e exaltar o que havia feito. Os segundos passaram, os minutos correram e, o jovem agricultor, quando decidiu levantar-se viu que o sol estava a incidir no novo caminho que queria desbravar. Olhou para a enxada, olhou para o sol, olhou para o dedo do pé e disse “Possa, assim não vou conseguir ter uma grande colheita! Ainda por cima doí-me o dedo do pé, a enxada é pesada e com este sol… O que eu preciso é de um abrigo!”. O jovem agricultor, foi aos mantimentos para o Inverno, retirou alguns alimentos e lá foi ele comprar um abrigo. Chegou a casa, a meio da tarde, olhou para o plantio e disse” Bem, agora que não há sol, vou construir o meu abrigo e amanhã, continuo!”. O abrigo foi construído, o sol pôs-se, a lua apareceu e o jovem agricultor adormeceu. No dia seguinte, acordou radiante e pensou: “Agora é que vai ser!”. Saiu de casa, olhou para a enxada, olhou para o abrigo, olhou para o dedo do pé e disse: “Se eu tivesse uma máquina para fazer o trabalho por mim, é que eu ia ter uma grande colheita!”. Foi aos mantimentos para o Inverno, esvaziou o casebre, e foi comprar a máquina que o ia ajudar a ter grandes colheitas! A Primavera passou, o Verão já estava a acabar e o jovem agricultor estava sentado no sitio onde tinha apreciado a sua enxada, no dia que a havia comprado, a pensar “Bom bom, era eu ter mantimentos para o Inverno… Agora vou ter que vender a máquina, o abrigo, a enxada e ainda algumas roupas, para conseguir ter mantimentos para o Inverno…”
Moral da estória, muitas das vezes, a nossa obsessão com o “o quê”, tolda a nossa capacidade de perceber “o como” ou seja, mais importante do que o que se pode ter para, é o como conseguir fazer algo acontecer mesmo não tendo as “condições ideais”.
A sustentabilidade, mais do que ambiental ou têxtil, é um modo de ser. É a capacidade de ver o futuro que queremos mas, em vez de vermos apenas o resultado, é o conseguirmos analisar o processo, o que cada escolha acarreta, explorar todas as opções e cenários e, só depois, agir porque, o agir, é o que separa o sonho de algo se tornar real.

“Ser sustentável é a capacidade de evoluir, criando recursos através do que há para se conseguir o que se quer tendo em vista o todo”

Cordialmente
João de Almeida
WS

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